segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As Igrejas Católicas e Reformadas sob o Prisma dos Judeus Messiânicos

Se tirarmos uma “foto” espiritual da Igreja Cristã atual (considerando todos aqueles crentes em Jesus, e que passaram pelo “novo nascimento” no espírito), descobriremos muitos e muitos pontos que necessitam ser repensados, se considerarmos a Igreja deixada por Yeshua e seus discípulos como modelo a ser seguido. 

A Igreja de Yeshua vivia no contexto judaico da época, fiel aos princípios da Torá ou de todo o Tanach (chamado Antigo Testamento), quando Paulo afirmou em sua carta a Timóteo que: ...“toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de D’us seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.” ( II Tim 3:16-17). Na época em que Paulo escreveu este texto, obviamente não existia ainda o que conhecemos por Novo Testamento, composto pelos quatro evangelhos, outras cartas do próprio Paulo, João, Pedro, Tiago e outros. Quando Paulo diz “Escrituras”, com certeza absoluta estava referindo-se ao Tanach judaico. 


Yeshua era e continua sendo judeu. As Escrituras são 100% judaicas, e foram escritas segundo o contexto do pensamento judaico, tendo como base a santa Torá, um conjunto de livros escritos pelo próprio D’us através de Moisés. Os profetas seguiram essas mesmas instruções (Torá significa “instrução, Palavra de ensino de D’us”). Yeshua e seus discípulos viveram também dentro deste padrão de fé e revelação. 


Não tenho aqui nenhum propósito de chocar meus irmãos de fé, e tão pouco trazer confusão, com doutrinas novas. Absolutamente, não! Apesar de não ver a Igreja atual vivendo integralmente nos moldes existentes no primeiro século, vejo-a cumprindo sua missão de levar as Boas Novas às nações, segundo o “ide” de Yeshua, salvando milhares e milhares de vidas, por meio da fé no Messias, nosso único caminho para a salvação e a vida eterna. Portanto, vejo a Igreja Cristã como bênção e me sinto parte deste Corpo. 


Mas, com amor, carinho e respeito, gostaria de levantar alguns questionamentos históricos sobre a Igreja da Reforma (incluindo aqui suas inúmeras ramificações e denominações) em relação à Igreja Católica, da qual aquela se separou. 


Os Evangélicos em geral, sentem-se muito confortados pela abençoada Reforma, da qual, desligaram-se há mais de 4 séculos, do sistema da Igreja de Roma; mas será que nada precisa ser mudado, em relação a este estado de “conforto”? 


Sabemos que uma coisa é ser livre, e outra é ser liberto. São dois processos diferentes, que deveriam andar sempre juntos, mas às vezes, isto não acontece na prática. Que a Igreja da Reforma saiu de Roma, e aparentemente do seu sistema, sabemos que é verdadeiro, mas como ela está em relação à autoridade de sua antecessora? Analisemos alguns pontos, por exemplo:


1. A Igreja Católica reconhece que mudou o dia do Senhor de sábado para o domingo, por meio de muitos Concílios como o de Laodicéia (ano 336d.C.), após o Imperador Constantino ter pedido a “Venerablis Die Solis” (O venerável Dia do Sol). Vários líderes da Igreja trabalharam a favor desta mudança, como Graciano, Valentiniano, Teodósio e outros, no século IV. Depois, no século V, o Papa Inocêncio publicou a guarda e o jejum aos domingos. O Concílio de Orleans reforçou a mudança do sábado para o domingo, e finalmente no ano 590 d.C., o Papa Gregório solidificou para sempre o domingo, como o dia do Senhor. São inúmeros os textos bíblicos que mostram a Igreja do Primeiro século celebrando o Shabat. Qual tem sido a opção da Igreja da Reforma em relação a este ponto? 


2. A Igreja Católica desvinculou-se do calendário litúrgico judaico, para impor seu próprio calendário. Ela se diz neste direito, e não temos o que discutir. Mas, cabe a nós a decisão de segui-lo ou não. Por exemplo, os evangélicos celebram o mesmo domingo da ressurreição definido por Roma. O fato em si não é, em minha opinião, nem um pouco relevante. Mas, o que estou propondo à discussão é sobre o princípio de autoridade que foi estabelecido. Para mim, a Bíblia deve ser o nosso único padrão de fé e conduta; se a Bíblia apresenta um calendário litúrgico, por que, então, não seguí-lo? 


3. A Igreja Católica nunca negou que o Natal foi de sua autoria. Fixou o dia 25 de dezembro como o dia do nascimento de Cristo. Neste dia, os romanos celebravam também o “Natalis invicti Solis” (O nascimento do sol vitorioso). Qual tem sido a postura da Igreja da Reforma em relação à esta celebração? (observe que não estou preocupado com o dia, mas com o princípio de autoridade de quem assim determinou);


4. O calendário civil, chamado também de Gregoriano (seguindo o sistema solar) é universalmente seguido por todos os cristãos; todos, sem exceção, consideram o 1º. de Janeiro como o início do ano civil, já adotado mundialmente como o calendário de todas as nações; e quanto ao calendário bíblico, que é lunar?


5. A Igreja Católica diz que à ela foram entregues as “Chaves do Reino”, quando nomearam Pedro como seu primeiro Papa. Ela, então, define o que é bíblico e o que não é bíblico, o verdadeiro do não verdadeiro (falso), pois se vale desta autoridade afirmada por tradição, que ela delegou a si mesma para definir os princípios da fé cristã. Assim, a partir do século IV ela decretou que é a substituta de Israel e do povo judeu. Ou seja, os judeus messiânicos (crentes) deveriam se converter ao catolicismo a partir daquela data para serem salvos, bem como, deveriam deixar de ser judeus. Paralelamente, a Igreja de Constantinopla publicou sua profissão de fé, pela qual todo judeu deveria renunciar a seus costumes, ritos, festas bíblicas, língua, orações, etc.; além de exigir juramento do judeu converso, o qual seria anátema caso um dia voltasse a ser judeu. Qual tem sido a posição da Igreja da Reforma quanto a este item? Por acaso ela reconhece o chamado irrevogável de D’us ao seu povo escolhido? Ou ela também se sente como substituta de Israel, sob a dispensação da graça? 


6. A Igreja de Roma, através do Concílio de Antioquia, proibiu os cristãos de celebrarem a primeira festa do calendário litúrgico, ou seja, a Páscoa, pois assim, as demais festas cujas datas são contadas a partir desta, estariam indiretamente também canceladas. A Igreja da Reforma também não entendeu o real sentido messiânico das festas bíblicas, e as têm ignorado, atribuindo-as somente ao judaísmo tradicional;


7. A Igreja Católica definiu o que é graça, e a separou por completo das leis da Torá. Como a Igreja da Reforma se posiciona quanto aos conceitos e princípios das leis, em relação à vida de um crente em Jesus? Poderia esse crente se beneficiar dos aspectos qualitativos da Lei? Ou a dispensação da graça anula estes princípios? Vemos que há um grande abismo, quanto ao entendimento do que vem ser a Lei sob a forma de mandamentos, estatutos e ordenanças. Alguma coisa é captada como por exemplo: o estatuto judaico do dízimo. Mas, e quanto às outras leis judaicas? Elas foram anuladas pela graça e não podem abençoar a vida de um crente? Claro que sim! Se não, que sentido teria a prática da lei judaica do dízimo? Por que não encontramos um imperativo deste estatuto no Novo Testamento? Por acaso, pelo fato de não o encontrarmos, foi ele anulado, somente porque se encontra no Antigo? Claro que esta lei abençoa e muito aquele que crê e o pratica. Assim também, outras centenas de leis do AT estão disponíveis para os crentes em Jesus. Por que a Igreja da Reforma não se atentou ainda para a importância dessas leis, sob o enfoque da qualidade de vida?


8. Marcião ajudou à compilar o que denominou de Novo Testamento. Depois, ele definiu que o Tanach seria chamado de “Velho Testamento”, ou seja, livro só para os judeus, e que o Novo Testamento é o conjunto de livros para os cristãos. Assim, a Igreja Católica definiu a cronologia dos Livros da Bíblia independentemente da tradição e do pensamento judaico. Hoje, a Igreja da Reforma continua obedecendo os mesmos princípios, e toda Bíblia usada por eles tem escrito logo em sua capa “Velho e Novo Testamentos”, diferindo completamente da ordem Cânon e da cronologia bíblica judaica;


9. A Igreja Católica definiu que o Batismo seria em “Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Hoje a Igreja da Reforma segue a mesma fórmula e não se deu em conta que em nenhum lugar do Novo Testamento encontramos um apóstolo batizando assim, exceto em Mateus 28:19, que não aparece nos manuscritos mais antigos, conforme Eusébio de Cesaréia, em sua obra História Eclesiástica – São várias as passagens em que vemos os apóstolos batizando em nome de Jesus (Yeshua), como Atos 2:38;8:16;19:5; e outras passagens;


10. A Igreja Católica valendo-se da língua latina, traduziu muitos nomes de profetas e o próprio nome de Yeshua para versões que não trazem em si, suas interpretações originais. Por exemplo, Jesus, que no latim é “Iesus”, foi a transliteração do termo grego “Iesous”, que por sua vez é a transliteração da palavra hebraica “Yeshua”, que quer dizer “D’us é salvação”, nome este que consta tanto no AT como no NT. O mesmo acontece com o nome de D’us; 


11. A Igreja de Roma não deu importância à língua hebraica. Com isto, perdeu-se muito do contexto judaico das Escrituras. Por exemplo, poucos cristãos sabem o que significa o acróstico AMÉM ou o termo “Barách” que significa abençoar. No sentido hebraico “Barách” significa conceder a alguém poder para que este que recebe a benção seja bem sucedido e próspero. Existem inúmeros erros de tradução, frutos de desconhecimento da língua hebraica, a começar pela alteração dos nomes dos Livros da Bíblia, como Torá (Instrução, Ensino de D’us) para Pentateuco, de “Shemot” (Nomes) para Êxodo; de “Bamidbar” (No Deserto) para Números, etc. Qual tem sido o contexto no qual a Igreja da Reforma se baseia para interpretar as Escrituras? A cultura ocidental, sobretudo a helênica, ainda se faz muito presente no meio da Igreja da Reforma. 


12. A Igreja Católica afirma ser a fiel depositária da Palavra da fé. A Bíblia afirma que “ao povo judeu foram confiados os oráculos de D’us” (Rm 9:4). E, afinal, a Igreja da Reforma não tem afirmado o mesmo? 


13. Quanto ao relacionamento Igreja e Israel, os cristãos têm praticamente a mesma postura de indiferença quanto ao povo judeu. O conceito de que os judeus foram os assassinos de D’us (Deicídio), pensamento tão difundido na Igreja Católica durante os primórdios de sua fundação, ainda encontra espaço no meio da Igreja da Reforma. O amor a Israel, o comprometimento com sua salvação, bem como os investimentos feitos nos últimos séculos, têm sido insignificantes, se levarmos em conta os textos bíblicos que solicitam à Igreja interceder constantemente pela salvação do povo judeu, bem como ajudar os judeus (messiânicos) de Israel com bens materiais. Estes itens foram muito bem lembrados aos gentios crentes, pelo apóstolo Paulo (Rm15:27);


Poderíamos ainda citar mais e mais tópicos sobre a necessidade da Restauração nos moldes da Igreja do Primeiro Século. A reconciliação da Igreja com Israel, faz-se extremamente necessária nos dias atuais. Israel precisa ser salvo para que Yeshua volte para sua terra. Ele, o Messias, não voltará para implantar o Seu Reino em Nova York, ou em Paris ou mesmo em qualquer outra cidade do mundo. Ele voltará, cremos, em breve, para Jerusalém, conforme nos diz e confirma a Palavra em que cremos.


Meu intuito não é dividir mais a Igreja Cristã, ao escrever este artigo. Pelo contrário, meu desejo sincero é a nossa unidade. Não se trata também de ajuntar todas as denominações cristãs numa só, não! Mas, aquilo que nos une (o sangue do Cordeiro Yeshua, sua salvação e vida eterna) deveria falar mais alto do que nossas diferenças. 


Afinal, conforme o Evangelho de João, Yeshua rogou para que nós fôssemos um, assim como Ele e o Pai também o são, a fim de que o mundo creia que Ele, o Messias, foi enviado por parte de D’us ( Jo 17:21). O Noivo espera ver sua “Noiva” num só Corpo e numa só família, judeus e gentios crentes (Ef 2:19). É tempo de restaurar. É tempo de voltar às nossas raízes. Se todo cristão possuísse a Torá como base de suas interpretações, com certeza teríamos menos divergências entre nós e, conseqüentemente, haveria mais unidade. Por isso, é tempo de reconciliar e declarar nossa unidade e as Boas Novas até aos confins da Terra (não esqueçam que a terra de Israel foi mencionada por Yeshua prioritariamente, em relação aos “confins” da Terra – At 1:8) para que nosso Messias venha em glória estabelecer o Seu Reino Milenar.


Maran Ata ! Seja breve sua Vinda, Senhor Yeshua Há Mashiach !

Fonte: http://www.cafetorah.com/A-Igreja-Crista-Rumo-a-Igreja-do-Primeiro-Seculo

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Igrejas na Turquia (antiga Ásia Menor) à Beira da Extinção

Muito embora os cristãos sejam uma pequena minoria na Turquia de hoje, o cristianismo tem uma longa história na Ásia Menor, terra natal de diversos apóstolos e santos cristãos, inclusive Paulo de Tarso, Timóteo, Nicolau de Mira (Lícia) e Policarpo de Esmirna.

Todos os sete primeiros Concílios Ecumênicos foram celebrados no que é a Turquia de hoje (a Turquia se divide em 2 continentes: Europa e Ásia). Dois dos cinco centros (Patriarcados) da antiga Pentarquia, Constantinopla (Istambul) e Antioquia (Antakya), também estão localizados na Turquia. Antioquia foi o lugar em que pela primeira vez os seguidores de Jesus foram chamados de "cristãos".

A Turquia também é a terra natal das Sete Igrejas da Ásia, para onde foram enviadas as Revelações de João. Nos séculos seguintes inúmeras igrejas foram construídas naquela região.

Uma delas, a Hagia Sophia já foi a maior catedral do mundo cristão, até a queda de Constantinopla nas mãos dos otomanos no século 15, seguida por 3 dias de saques desenfreados.

Hoje a Turquia conta com uma percentagem menor de cristãos em relação a sua população do que a de qualquer um de seus vizinhos, menos que na Síria, Iraque ou Irã. A maior causa disso foram os massacres ou genocídios assírios, armênios e gregos ocorridos entre 1915 e 1923.

Pelo menos 2,5 milhões de cristãos nativos da Ásia Menor foram mortos, abertamente massacrados ou vítimas de deportações, trabalho escravo ou marchas da morte. Muitos deles morriam em campos de concentração, de doenças ou inanição.

Muitos gregos que sobreviveram ao massacre foram expulsos de suas casas na Ásia Menor em 1923, quando da troca forçada da população entre a Turquia e a Grécia.

A devastação física foi seguida pela devastação cultural. Do começo ao fim da história da república turca, inúmeras igrejas e escolas cristãs foram destruídas ou transformadas em mesquitas, depósitos e estábulos, entre outras coisas.

Os grupos de cristãos que são mais severamente perseguidos são: grupos tradicionais (armênio, grego, siríaco e igrejas católicas) são todos monitorados regularmente e sujeitos a certos controles e limitações por parte do governo. Seus membros são considerados "estrangeiros" em muitos assuntos de responsabilidade pública. Grupos evangélicos se encontram em lares, por não poder pagar um lugar para encontros.

O grupo de recém-convertidos que, são cristãos convertidos de origem muçulmana, suporta um dos maiores pesos da perseguição na Turquia. A pressão vem da família, amigos, comunidade e até mesmo das autoridades locais. Eles são considerados traidores da identidade turca.

Fonte: http://pt.gatestoneinstitute.org/5600/igrejas-turquia
https://www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/perfil/turquia/

domingo, 1 de novembro de 2015

Afinal de Contas de Onde Surgiu a Bíblia e Qual Seu Real Valor?

Já escrevi neste blog um artigo sobre a importância da Bíblia (Sagradas Escrituras) como única regra de fé e prática cristã, pontuando inúmeras e contundentes razões, mesmo diante do desprezo que muitos grupos ditos cristãos têm para com ela. Referindo-me aos neoevangélicos e católicos romanos. 

Pra minha surpresa, começou a circular nas redes sociais as declarações da imagem ao lado, com relação a Palavra de Deus escrita através de ditos de nomes que são tidos como referência no meio protestante e católico em seus setores mais conservador. As frases são bem elaboradas. Mas, por incrível que pareça há equívocos e verdades em ambas as afirmações tanto na do padre como na do pastor. Deixe-me citar sucintamente alguns, para maior esclarecimento quanto ao assunto em pauta, afim de dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus:

Simplificando alguns acertos: 1) as Sagradas Escrituras já existiam desde o tempo de Moisés, só não estavam completas como hoje com seus 66 livros...acertou o pastor. 2) De fato, a compilação da Bíblia foi feita pela igreja antiga que no tempo era denominada católica, século 4...acertou o padre. 

Simplificando alguns erros: 1) Quando a Bíblia foi tida como completa no século 4 pela igreja católica antiga, ela ainda não era conhecida oficialmente como católica romana...logo, não foi a igreja católica romana que compilou a bíblia e sim a igreja universal (católica) da época...errou o padre. 2) Quando o Novo Testamento foi escrito no 1º século pelos apóstolos a igreja ainda não possuía nenhuma denominação de fato, nem era católica e nem protestante. Todavia, o pastor erra quando diz que antes do século 4 não havia igreja católica. Pois, a igreja apostólica se tornou católica (universal) a partir do 2º século e não do 4º. O que não existia antes do século 4 repito, era a ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) que na verdade não surgiu no século 4, e sim, no século 11...equivocou-se no caso o pastor. Em outra postagem aqui do blog, já expliquei que existem vários tipos de catolicismo no mundo. Principalmente no Oriente. A igreja católica que conhecemos é a romana que predomina no mundo ocidental...poucas pessoas sabem disso por que não pesquisam as origens de sua própria fé. Por isso, que na Reforma, os reformadores lutaram para que a igreja voltasse ao modelo dos 4 primeiros séculos da era cristã quando não havia penetrado o paganismo no cristianismo por meio do imperador Constantino que foi o primeiro a promover a Igreja de Roma que fazia parte da capital do império. 

Mas, afinal de contas qual o valor de uma discussão acerca da origem da bíblia? Qual a importância se seus reais compiladores foram hebreus, judeus, católicos ou protestantes? Para mim, o importante é saber que desde a antiguidade a Bíblia está parcial ou totalmente a disposição da humanidade. Seja por meio dos hebreus, dos judeus, dos católicos ou dos protestantes. Nada adiante ter um mapa ou uma bússola e não se guiar por eles.

No caso de nós cristãos reformados (protestantes), o valor da bíblia não está em sua compilação por mais importante que tenha sido seu processo, mas sim, em seguirmos seus santos ensinos (Sl 1:1). 

SOLA SCRIPTURA sempre. Louvemos a Deus pelo Catolicismo primitivo que nos deu a Bíblia em sua forma atual com 72 ou 66 livros, e mais ainda, pela Reforma Protestante que trouxe a Bíblia pra o povo de Deus e o povo de Deus para a Bíblia novamente através de sua tradução, leitura e pregação vernacular!

Pr.Samuel Santos (3ª Igreja Evangélica Congregacional de João Pessoa/AIECB)