sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Divina Eleição: Presciência ou Determinismo?

A soteriologia é o campo da teologia que estuda a doutrina da salvação. Dentro deste campo, existe a realidade da predestinação. Ou seja, o destino pré-traçado dos seres criados (anjos e homens). No que tange a raça humana, existe 2 teorias que tem dividido a opinião dos cristãos ao longo da história da igreja em todo o mundo. Isto é, a predestinação da parte de Deus com relação ao destino eterno (salvação ou perdição) dos seres humanos é baseado na previsão divina ou se apoia unicamente na vontade soberana de Deus? Em outras palavras, a eleição (escolha) para a salvação dos indivíduos é baseada na previsão (presciência) ou na soberana determinação divina? Este artigo não visa entrar nos detalhes da questão. Apenas, aguçar a reflexão em torno do assunto. Segue abaixo um texto contundentemente esclarecedor:
"Então começou ele (Jesus) a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti (Mt 11:20-24)."
Ou seja, sendo divino, o Senhor Jesus previu a possibilidade real de conversão de determinados pecadores em determinadas situações. Mesmo assim, os mesmos se perderam eternamente deixando de serem colocados dentro das circunstâncias exatas para a salvação de suas almas. Isto nos leva a conclusão inevitável que a escolha para a salvação é baseada no arbítrio divino e não humano. Logo, o sentido de presciência na Bíblia tem o sentido de conhecimento antecipado e determinado e não de mera previsão. Se lermos as 2 únicas passagens que falam sobre a presciência divina neste sentido, chegaremos também a esta conclusão. Em 1 Pe 1:2, lemos: "Eleitos (escolhidos) segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas". Observamos aqui, que a escolha daqueles para quem o apóstolo escreveu foi para a obediência e não por causa de uma obediência prévia da parte deles. A motivação de Deus ao elegê-los foi visando a posterior santificação deles e não por causa da santificação anterior deles. Na verdade, nesta mesma carta, o apóstolo Pedro lembra aos seus leitores a vida na qual viviam antes de Cristo (veja 1:18 por exemplo). O outro texto é Romanos 8:29 que diz: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho (Jesus), a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos". Muitos acham que "conhecer" aqui significa previsão como se Deus tivesse previsto quem iria se converter e por isso os escolheu. Mas, conhecer nesta passagem bem como em outras (veja Gn 4:1) tem o sentido de intimidade. Significa na verdade, amor íntimo e pessoal. Traduzindo as palavras do apóstolo Paulo, podemos afirmar que Deus amou de forma pessoal e íntima certos indivíduos para a salvação.  E a base deste amor não se apoiava em suas condutas futuras e previstas e sim na vontade soberana e inescrutável de Deus que tinha como alvo torná-los semelhantes a Seu Filho Jesus. De forma que estes e somente estes (verso 30) serão salvos. De fato, desconhecemos a razão sábia, justa e santa como diziam os puritanos do por que Deus escolher uns em detrimento de outros. Mas, uma coisa sabemos não foi por méritos e nem previsão. Caso contrário, os pecadores de Sidom, Tiro e Sodoma teriam sido salvos. Pois, Deus previu o arrependimento deles, porém, não os escolheu para a salvação incluindo-os no número dos seus eleitos. A nós que somos salvos, resta apenas calar, adorar e agradecer junto com o apóstolo que diz: "Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade" (2 Ts 2:13). Amém!

Pr.Samuel Santos (3ª Igreja Evangélica Congregacional - João Pessoa/PB - AIECB)
urado é aquele que não se escandalizar em mim

Mateus 11:6
urado é aquele que não se escandalizar em mim

Mateus 11:6
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:

Mateus 11:20
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:

Mateus 11:20
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:

Mateus 11:20
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:

Mateus 11:20
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:
Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza.
Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.

Mateus 11:20-24
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:
Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza.
Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.

Mateus 11:20-24
Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:
Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza.
Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós.
E tu, Cafarnaum, que te ergues até ao céu, serás abatida até ao inferno; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.

Mateus 11:20-24

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Jonathan Edwards - Pastores Congregacionais Famosos

Jonathan Edwards, um pastor congregacional norte-americano que viveu no século 18, foi uma das personalidades religiosas mais destacadas da história da igreja nos últimos 3 séculos.
Ele começou a estudar latim aos 6 anos e aos 13 também já havia adquirido um respeitável conhecimento de grego e hebraico. Após 4 anos de estudos no Colégio de Yale, em New Haven, Edwards obteve o seu grau de bacharel em 1720. Logo em seguida, começou seus estudos teológicos na mesma instituição, obtendo o grau de mestre em 1722. Após pastorear uma igreja presbiteriana em Nova York por 8 meses (1722-23) e atuar como professor assistente em Yale por 2 anos, em 1726, aos 23 anos de idade, Edwards passou a trabalhar como pastor-assistente do seu avô, Solomon Stoddard (1643-1729), o famoso ministro da igreja de Northampton, Massachusetts.
Os estudiosos de sua vida e obra o tem considerado o maior filósofo e teólogo já produzido pelos Estados Unidos, e especialmente o mais importante e influente dos calvinistas americanos.
Edwards destaca-se por outros fatores, além da sua notável produção filosófica e teológica. Ele foi também um extraordinário pregador, cujos sermões, proferidos com a mais sincera convicção, causavam um poderoso impacto. Em virtude disso, ele veio a ser um dos protagonistas do célebre avivamento religioso americano que ficou conhecido como o Grande Despertamento (1735-44). Edwards tornou-se o principal estudioso e intérprete do avivamento, registrando descrições e análises sobre os seus fenômenos espirituais e psicológicos que até hoje não foram superadas. Jonathan Edwards defrontou-se com a difícil tarefa de defender o avivamento dos ataques dos críticos e ao mesmo tempo apontar os desvios e falsas concepções acerca da vida espiritual que o movimento podia gerar. Suas excepcionais qualificações intelectuais e espirituais contribuíram para fazer dele o notável intérprete do Grande Despertamento. Nas suas primeiras análises do tema, Fiel Narrativa da Surpreendente Obra de Deus (1736), Marcas Distintivas de uma Obra do Espírito de Deus (1741) e Alguns Pensamentos Acerca do Presente Reavivamento da Religião na Nova Inglaterra (1742), ele não só descreve com detalhes os acontecimentos verificados na sua igreja e na região, mas preocupa-se em responder às acusações de que o reavivamento limitava-se a emoções, superficialidade e desordem. Ele admitiu que o emocionalismo podia prejudicar o cristianismo autêntico, mas também defendeu o avivamento apontando para o culto mais intenso e para as vidas permanentemente transformadas. Uma obra autêntica do Espírito de Deus produz uma transformação radical da natureza da alma individual, que irá manifestar-se em uma conduta e em práticas inteiramente novas, revelando progressivamente a própria imagem de Cristo implantada no crente. Quaisquer manifestações externas resultantes de experiências extraordinárias não constituem um sinal confiável de espiritualidade e não evidenciam uma obra genuína do Espírito.
O trabalho teológico de Edwards é muito abrangente, com sua defesa da teologia reformada, a metafísica do determinismo teológico, e a herança puritana. Edwards dá forte ênfase à soberania, ao amor e à glória de Deus. O sermão de Edwards "Pecadores nas Mãos de um Deus Irado", é considerado um clássico da literatura cristã. Jonathan Edwards foi inteiramente estranho à separação entre “coração” e “cabeça” que tantas vezes tem afetado os evangélicos. Uma das peculiaridades da sua obra teológica é justamente o fato de unir o mais rico sentimento religioso aos mais elevados poderes intelectuais. Edwards morreu devido a uma vacina contra a varíola, pouco após o início da presidência do Colégio de Nova Jersey (mais tarde a ser chamado Princeton University).

Nota: transcrito e adaptado do Wikipédia e Portal Mackenzie